Análise do filme: Amantes Eternos

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Direção: Jim Jarmusch
Gênero: Drama, Romance
Duração: 2h03min
Ano: 2014
Classificação: 

Avaliação:    
Sinopse: Este filme mostra a história de amor entre dois vampiros, Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston), cansados da sociedade onde vivem. Durante muitos séculos eles vivem uma relação juntos, até serem interrompidos pela incontrolável irmã caçula da vampira (Mia Wasikowska). 
Assista o trailer

Aproveitando que teremos o Dia dos Namorados essa semana, resolvi escrever  aqui sobre um filme que pertencesse ao tema. Várias vezes pensei em escrever uma análise deste filme, mas sempre fiquei com um pé atras, o porquê eu não sei. Mas não haveria outra ocasião melhor pra falar dele do que esta.

O filme não é um romance especificamente dramático, sofrido, impossível ou trágico. O amor é explorado aqui de um jeito que pode ser bem associado ao amor platônico de acordo com a Wikipédia é "algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O Amor, no ideal platônico, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude." Já adianto que vale a pena assistir, principalmente se você quer sair um pouco dos romances de rotina.

Logo no início vemos como vai ser o tom do filme: um ritmo lento e aconchegante, sutil e bem atento aos detalhes. Tudo está girando lentamente, como um disco que está tocando “Funnel of Love”. Eve e Adam estão conectados pela música, cada um em uma parte do mundo, até que eles finalmente despertam e a história do filme começa. A campainha de Adam toca, é seu amigo Ian (Anton Yelchin) lhe trazendo um presente bem raro: uma guitarra Supra de 1959. Adam é músico e fica fascinado com o seu novo modelo. Aqui começa a parte do filme que fez toda a diferença pra mim. Adam da um nome para sua nova guitarra. O nome de um músico e compositor do século 17.

É uma visão sobre vampiros que explora a mitologia de forma inédita, pelo menos pra mim. A maneira como ele fala dá realmente a impressão de que ele viveu naquela época. E isso acontece muito durante o filme, citando muitas pessoas e acontecimentos que foram importantes para a nossa história como se eles realmente tivessem vivido em outras épocas.

Ian não sabe que Adam é um vampiro. Apenas o admira muito como músico e respeita todas as suas estranhezas. Ian também faz muitos favores para Adam, que não é muito de sair de casa, sem suspeitar de nada, nem mesmo quando ele pede para o amigo uma bala especial feita de madeira, especificamente a madeira mais densa que ele encontrar, mais especificamente ainda, se possível, Dalbergia melanoxylon. Antes de dar o dinheiro para Ian, ele apenas diz que é para um projeto de arte. Para Ian, quanto mais Adam se esconde, mais as pessoas ficam interessadas em sua música.

A relação entre Ian e Adam é muito interessante e cria diversas situações engraçadas. Adam quer se manter nas sombras e Ian não entende o porquê, mas não insiste em saber e também nem se importa muito. Os dois são ótimos amigos.

Enquanto isso Eve sai a procura de alimento e após conseguir, volta para casa. Vale dizer que eles não atacam os humanos diretamente, já que se tornou uma época em que é difícil fazer isso com discrição. Após se alimentar, Eve liga para seu amor. A conversa entre os dois é um dos melhores diálogos do filme. Eve diz que ele parece cansado e ele diz estar chateado com a humanidade e a forma como os humanos, chamados por ele de zumbis, vêem o mundo. Então Eve decide ir até Adam, apesar da viagem ser cansativa.

Outro fato legal é a dificuldade que Adam tem para se modernizar. Enquanto ele precisa de um telefone, um computador, uma câmera, uma TV antiga, caixas de som e muitos cabos para poder falar com Eve, ela tem tudo na palma das mãos em seu smartphone. Ele é um homem sério e frio, mas quando finalmente vê sua amada, deixa escapar um sorriso. O contraste entre os dois é enorme, e ainda assim o casal é puro amor. Muito bonito de ver.

fonte: Paris Filmes

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